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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Lula e o PT: a fênix da esquerda brasileira.

 Sim, o mundo dá muitas voltas. E não gira feito disco, porque ao contrário do que pensam alguns, a Terra não é plana. Mas porque venho aqui escrever isto? As dores sentidas durante injusto processo que levou o Partido dos Trabalhadores a ser visto como partido só de desonestos e o também desarrazoado cárcere de Lula em 2018 nos deixou marcados demais. Sentimos dor, desesperança e pensamos talvez que a injustiça fosse vencer. Mas...

Nós não desistimos. Nossas bandeiras vermelhas permaneceram hasteadas. Sob um assobio agudo e o sopro dos ventos do fascismo, resistiram com os rasgos das batalhas e os buracos do incêndio de mentiras. Nossa estrela, em várias pontas rachadas, manteve a sua luz, mostrando que aguardava o tempo levar a neblina das falácias. Esta é a força do PT. Um partido, em cujas veias corre o sangue da luta dos trabalhadores. E os trabalhadores são fortes.
Lula é o nosso modelo de liderança. Não foge. Responde a quem pergunta e depõe olho no olho com seus algozes. É sempre presente, sempre demonstra gratidão. Porque Lula emergiu do suor das massas e grita com a voz do povo.
Lula nunca esperou as coisas melhorarem e a poeira abaixar para erguer os braços e começar a luta. Ao contrário, ele mesmo levantou a poeira, chamou os companheiros e companheiras e mudou a cara do Brasil.
O povo, nos governos do PT, aprendeu que ele pode participar, que ele pode entender, que ele é livre para ser e dizer. O povo aprendeu nos governos do PT, que ele é importante, porque a democracia não se faz sem o povo. O povo, ainda no seu processo de formação democrática, bombardeado por falsas narrativas e manipulado pelos herdeiros, rejeitou o PT, exigiu mudança e mudou.
Hoje, o povo parece cada vez mais entender esse processo, olhando para o passado com fatos elucidados, o povo costura a bandeira vermelha com cuidado. Não quer estar errado, mas também não deseja magoar as feridas na bandeira que abana suas dores e que serve de curativo para os cortes profundos na democracia. O povo se sente equivocado, enganado, manipulado e, humilde, está voltando atrás. Rememora a liberdade e o respeito que angariou nos anos antes do golpe de 2016 e volta fitando o passado ao abrir os braços para quem já lhe reconheceu a dignidade. Abre os braços para Lula e para o PT.
É emocionante adentrar grupos nas redes e ler vários comentários de pessoas dizendo que vão votar em Lula pela primeira vez ou que se arrependeram de ter acreditado em um juiz parcial. É inacreditável ler como estas pessoas estão tendo a coragem de afirmar que estavam erradas e não terem mais vergonha de dizer: "eu votei mal, eu errei, mas não vou errar outra vez". E aí entra a afirmação inicial sobre as voltas que o mundo dá.
As pessoas sonham com Lula na presidência, mas não é porque Lula é um heroi, e sim, porque a marca de prosperidade através de trabalho concreto que Lula e suas estratégias políticas introduziram no Brasil é real. O povo viveu e o povo sentiu. Não é sonho, não é vislumbre. Lula mostrou que é possível o Brasil ser muito melhor. Todo o processo de desgaste que Lula e PT sofreram teve um reflexo imensamente negativo sobre os avanços conquistados na primeira década de 2000.
Lula não é um salvador. Ele é um humanista. E por ter conhecido a experiência de ser do povo, ele sabia e sentia o que o povo precisava e conduziu brilhantemente ao máximo as potencialidades do país, reconhecendo sua diversidade e colocando-a para governar ao seu lado.
Lula foi presidente de todos, dos homens, das mulheres, dos indígenas, dos negros, dos homossexuais, crentes, ateus, trabalhadores urbanos e rurais. Escolheu para governar ao seu lado pessoas em quem acreditava que poderiam dar seguimento ao seu projeto de transformar o Brasil numa nação justa e feliz. Mas não é fácil e em todo caminho há os percalços. Nada pode ser perfeito. É preciso apenas seguir em frente e continuar lutando com inteligência, a coragem, a dignidade e a força exemplar de Lula, para suportar as investidas de quem quer ver o povo nos grilhões outra vez.
Tays Melo

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